quarta-feira, 15 de novembro de 2017

[196] Resenha: O Voo da Vespa | Ken Follett


Título: O Voo da Vespa
Autor(a): Ken Follett
Editora: Arqueiro
Páginas: 416
Saiba mais: Skoob
Sinopse: Freya é o nome da deusa nórdica do amor. Também é o codinome da mais recente invenção nazista, de acordo com uma mensagem interceptada pelas forças aliadas. A inteligência britânica desconfia que é graças a ela que os alemães estão conseguindo abater os bombardeiros ingleses a uma velocidade tão alarmante. Hermia Mount, uma analista do MI6, é recrutada para ajudar a descobrir qual é essa nova arma. Tendo morado a vida inteira na Dinamarca, ela possui contatos valiosos que poderão auxiliá-la em sua missão. Do outro lado do mar do Norte, numa ilha dinamarquesa ocupada pelos alemães, o estudante Harald Olufsen descobre uma instalação estranha dentro da base militar nazista. Ele não sabe o que é, mas não se parece com nada que já tenha visto, e ele precisa contar para alguém. Em Copenhague, o detetive Peter Flemming colabora com os alemães para desvendar quem está repassando informações de dentro do país nórdico para os aliados britânicos. Numa Europa praticamente dominada pela Alemanha, a vida dessas três pessoas se entrelaça de forma irreversível, e quando um decrépito avião bimotor se transforma no único meio de fazer a verdade chegar até as forças aliadas, o destino delas poderá mudar o rumo da guerra - e da história.

O Voo da Vespa tem como plano de fundo a Segunda Guerra Mundial, em um momento em que Hitler está avançando invadindo diversos territórios na Europa, deixando vários países preocupados, principalmente a Inglaterra, que começa a desconfiar que Hitler de alguma forma está conseguindo prever cada um dos seus passos. No meio desse conflito, somo apresentados à Hermia Mount, uma agente da inteligencia britânica, que a muito tempo não vê seu namorado Arne Olufsen, visto que ela está encarregada de investigar uma possível nova arma dos alemães.

Arne trabalhava como piloto, mas como o seu país, a Dinamarca, se rendeu ao exército de Hitler, o trabalho dele já não é tão necessário. Ele tem um irmão chamado Harold, que é muito inteligente quando se trata de consertos e física, o mesmo estudava numa renomada faculdade, até ter sido expulso. Harold, em uma de suas voltas para casa, tenta encurtar o caminho e acaba encontrando algo muito interessante, um lugar que parece ser uma base alemã e nela encontra-se um misterioso equipamento.

Dentre estes e outros personagens, conhecemos o policial dinamarquês Peter Flemming, o mesmo guarda certo rancor pela família de Harold, o que tornará a vida dele um pouco complicada. A partir daí somos entregues a uma trama repleta de personagens cujas histórias vão se entrelaçando mais e mais a cada página.

"Ali, à meia-luz, ouvindo o zumbido daquela aparelhagem enorme e sentindo o cheiro do ozônio gerado pela eletricidade, Harald percebeu que se encontrava no coração da máquina de guerra. A luta entre cientistas e engenheiros de ambos os lados poderia ser tão importante quanto o choque dos tanques e metralhadoras no campo de batalha. E ele se tornara parte dessa luta."

Este é o segundo livro que leio do Ken Follett e devo dizer que a leitura foi completamente diferente do anterior, pois em O Homem de São Petersburgo (resenha aqui) o autor amarrou o enredo histórico muito bem e conseguiu aguçar totalmente a minha curiosidade. Já em O Voo da Vesta, isso não ocorreu, demorei para concluir a leitura e, infelizmente, não gostei do livro.

Primeiramente, o autor preencheu as páginas da história com uma enxurrada de personagens, o que considerei um erro, visto que boa parte deles não me pareceram acrescentar nada a leitura, só serviram pra me deixar confuso em alguns momentos. Além disso, os protagonistas do livro não conseguiram me conquistar. Contudo, o que realmente contribuiu para que eu não gostasse da leitura foi a escrita, não sei o que aconteceu, mas a escrita do Ken neste livro foi muito arrastada e cansativa, eu praticamente ficava torcendo pra chegar no final.

"– Passei um ano em Berlim na década de 1930. Vi aqueles palhaços marchando, levantando o braço, insultando as pessoas e quebrando as vitrines das lojas de judeus. Lembro-me de pensar que eles deviam ser detidos antes que fizessem aquilo com o mundo todo. Ainda penso assim. E essa é uma das minhas maiores convicções."

Entretanto, o livro não é totalmente ruim, o principal ponto positivo da história é sem dúvidas a ambientação, algo que o autor fez muito bem em ambos os livros que li. Os fatos históricos, o contexto da guerra, tudo é muito bem introduzido dentro da história, o que dá todo um ar de realidade à leitura. A parte gráfica do livro também está ótima, adoro esse novo estilo que a Arqueiro está dando para as capas dos livros do autor.

O Voo da Vesta é um livro que não me agradou, para mim ele possui um excesso de personagens e a leitura foi maçante. Contudo, devo dizer que quando se fala de história, Ken Follett é um mestre. Pretendo ler outros livros do autor, afinal eu adorei um de seus livros e quero dar novas chances para ele.



11 comentários:

  1. Oi Manoel!
    Ainda não li nada do Ken mas sou bem curiosa, por ele ser um autor meio clássico.
    O pano de fundo ser a segunda guerra já me atrai muito e o clima de mistério também!
    Fico curiosa de Hermia ir investigar a arma Freya. O que será que é?
    Mas tbm fico chateada de a leitura não ter sido tão legal assim pra vc.
    Bj

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  2. Que bacana esse livro Manoel, pena que não tenha sido uma leitura tão legal para ti, gostei de ver a sua opinião e gostaria de conhecer essas três pessoas que irão cruzar o mesmo caminho, além disso adorei a capa.
    Beijinhos

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  3. Nunca li nada que tivesse relação com a segunda guerra,parece que a história é bem bacana e quem sabe eu não dê um chance ao livro.

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  4. Olá!
    Ainda não conhecia o livro e tinha gostado até perceber a temática que ele aborda. Definitivamente, não curto muito leituras com essa pegada histórica.

    Abraço!

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  5. Amei a resenha! Um pouco preocupado pelo fato de você não ter gostado tanto e ser minha próxima leitura... Mas espero muito gostar desse livro!

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  6. Oi, Manoel!
    Não me identifico com os livros do autor. É bastante histórico e acredito que bem lento. Quem sabe eu venha a dar uma chance ao autor?
    Obrigada pela dica!
    Beijão!
    http://www.lagarota.com.br/
    http://www.asmeninasqueleemlivros.com/

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  7. Olá!

    Tenho vontade de ler algo do Ken, mas suas histórias enormes me tiram a vontade, pois estou na vibe de ler obras curtas e rápidas, por falta de tempo, mas que pena que a leitura não foi tão boa pra você, quem sabe o próximo livro do autor não seja melhor!

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  8. Olá! Tudo bom?
    adoro esse autor, acho as narrativas dele muito instigantes , mas nunca li essa, me pareceu tratar-se de um livro maravilhoso.
    beijos, Joyce de Freitas.

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  9. Ola Manoel uma pena que o livro não atendeu suas expectativas de leitura, confesso que ainda não li nenhum livro do autor, leio muitos elogios a sua escrita, ainda vou escolher o livro para começar. abraços

    Joyce
    Livros Encantos

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  10. Oi Manoel!
    Ainda não conheço a escrita do autor, apesar de sempre ouvir falar muito bem dos livros dele. Gosto de livros com ambientação em segunda guerra mundial, mas odeio leitura arrastada hahhaha quando for me arriscar com o autor vou tentar outro, até porque esse é bem grande né?
    Beijokas

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  11. Oi Manoel, curiosa a sua resenha... concordo com o excesso de personagens, mas na minha opinião o livro prende e instiga a todo momento. Parava de ler sempre um capítulo depois do que prometi que pararia.

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